21 de outubro de 2008

Douro, um rio sentido... (por uma concorrente, para já, anónima)


É por ti Douro
É por ti que esta gente se sacrifica
É por ti que as lágrimas alimentam a fome
É por ti meu acorde de cores
Que a Natureza canta.
É por ti minha musa, minha fogueira de vaidade,
É por ti Douro seu Deus caprichoso
É por ti que perco meus olhos na imensidão terrena…
Pergunto-me porque Zeus te fez tão belo
Mais belo do que Apolo, mais sábio do que Minerva…
Pergunto-me como consegues ser tão especial, tão apaixonado…
Se pudesses falar Douro…
Calavas o silêncio da planície fértil do Nilo,
Da neve fria dos Himalaias.
Não contarias histórias de princesas e cavaleiros,
Contarias histórias de gente que o tempo levou
Cujos sorrisos de prata e ouro tornam o teu rio tão precioso,
Cujas mãos calosas sentiram a tua pele dura,
Cujos olhos vislumbraram a caligem da tua alma,
A tua fúria, a tua simpatia.
a
(Fotografia de Mª Manuel Carvalhais)

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